Bruno Garcia Moreira - Presidente
A dependência de importações de fertilizantes para suprir a demanda nacional e a necessidade de ampliar a competitividade do agronegócio brasileiro no mercado internacional levaram o governo brasileiro a desenvolver o Plano Nacional de Fertilizantes (PNF), lançado no dia 11 de março/2022, mas que vem sendo discutido desde janeiro do ano passado (2021), por um grupo de Trabalho Interministerial formado por representantes de algumas pastas do governo. Segundo o documento, que contém 195 páginas, mais de 80% dos fertilizantes utilizados no País são importados e, além do elevado nível de dependência externa, trata-se de um mercado dominado por poucos fornecedores. Sem dúvida, isso nos deixa vulneráveis demais às oscilações do mercado internacional, condição fortemente agravada pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que, aliás, pode colocar em risco o plantio da próxima safra de verão do Brasil, de acordo com especialistas.
Objetivos estratégicos
- Modernizar, reativar e ampliar as plantas e projetos de fertilizantes existentes no Brasil.
- Melhorar o ambiente de negócios no Brasil para atração de investimentos para a cadeia de fertilizantes e nutrição de plantas.
- Promover vantagens competitivas na cadeia de produção nacional de fertilizantes para melhorar o suprimento do mercado brasileiro.
- Ampliar os investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, e no desenvolvimento da cadeia de fertilizantes e nutrição de plantas do Brasil.
- Adequar a infraestrutura para integração de polos logísticos e viabilização de empreendimentos.
Dados apontados pelo Plano Nacional de Fertilizantes
- O Brasil é responsável, atualmente, por cerca de 8% do consumo global de fertilizantes, ocupando a quarta posição, atrás apenas da China, Índia e dos Estados Unidos.
- O principal nutriente aplicado no Brasil é o potássio, com 38%, seguido por fósforo, com 33%, e nitrogênio, com 29% do consumo total de fertilizantes.
- Soja, milho e cana-de-açúcar respondem por mais de 73% do consumo de fertilizantes no País.
É importante observar que as perspectivas de aumento de produção são de longo prazo – para os próximos 28 anos – reduzindo a nossa dependência de adubo importado de 85% para até 45%, até 2050.
Abraço!